segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CAUSOS PHAROLÍSTICOS




A Gaiola da Liberdade

Um belo dia fui visitar o Zezinho Marrão, pescador do Pharol. Estava de conversa fiada quando me chamou atenção a grande quantidade de passarinhos que tinha dentro de uma gaiola. Com surpresa descobri que a portinha estava escancarada e logo alertei meu amigo para que os bichinhos não fugissem. Ao que ele me respondeu: é assim mesmo Dudu, a gaiola tá sempre aberta. Eu ponho comida dentro para eles virem me visitar e eu ficar olhando essa beleza.

Um passito más

Dois amigos argentinos decidiram passar alguns dias no Pharol, antes do casamento de um deles. Um dia, depois de uma tempestade, o mar terrivelmente agitado, eles foram passear no costão do morro do farol e o amigo quis tirar uma foto do noivo, um último registro da solteirice. Como estava difícil enquadrar o corpo inteiro o amigo  foi pedindo para o outro dar um “passito más atrás”. O noivo chegou muito perto das ondas, uma enorme estourou sobre ele e o levou para sempre. O casamento foi cancelado.

Julgamento sumário

Início da década de oitenta. O magrão mochileiro, cabelos longos, chegou no Pharol e desbundou. Fumou um baseado, achou que estava no Paraíso, era o Adão, tirou a roupa e foi tomar banho nú na Prainha. Não demorou muito a alta magistratura pesqueira se reuniu, tirou o magrão do mar, encheu o pobre de porrada e o despachou para a balsa com o status de “persona non grata”. Adão tinha errado o endereço.

Último suspiro

Um belo dia, uma mulher chega esbaforida no Posto de Medicamentos. O marido tinha tido um treco e foi buscar o farmacêutico para ajudá-lo. O rapaz examinou o homem e constatou que ele não respirava. Alguém sugeriu que ele fizesse respiração boca-a-boca e, prontamente, ele respondeu: -Tás loco que eu vou beijar homem! A mulher ficou viúva.

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