quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A libertação da fotografia

A LIBERTAÇÃO DA FOTOGRAFIA


            Foi assinado pelos físicos William Boyle e Jorge Smith a Lei Áurea de libertação da fotografia. Graças a esse ato humanitário eles receberam o Prêmio Nobel de Física de 2009. A partir de então, a fotografia está livre das amarras limitantes das películas, dos laboratórios exploradores, da tecnologia complexa, dos segredos mitológicos da linguagem, dos equipamentos excessivamente caros. Foi revelado seu código secreto. Qualquer humano pode ser fotógrafo, independente da sua classe social, seu nível de escolaridade, seu poder aquisitivo, sua idade. Se havia dúvidas que a fotografia era uma linguagem universal, agora temos certeza que é uma linguagem planetária. O número de fotógrafos cresce geometricamente, começando pelas criancinhas. Basta ter um telefone celular.
 Os antigos Photographos estão um tanto perplexos. Foi uma mudança muito rápida e profunda tornando-se o mais importante momento de ruptura na história da fotografia. O primeiro havia sido em 1888, quando um tal de George Eastmann (leia-se Kodak) inventou o filme em rolo, o colocou numa câmera simples e compacta e lançou o slogan: “Você fotografa e nós fazemos o resto”. A fotografia escapava das mãos da restrita elite que tinha muito dinheiro para comprar equipamentos caros, complexos e pesados. A classe média podia possuir aquela pequena câmera de madeira, obter 10 fotografias e depois simplesmente deixar numa loja Kodak para revelar o filme e fazer cópias.
Entretanto, a grande revolução demorou mais de um século para acontecer. Surge a fotografia digital e a linguagem fotográfica alcança a grande maioria dos terráqueos. Estamos, finalmente, nos expressando em “fotografês” e, cada vez mais, esse idioma será “falado” nos quatro cantos do planeta.
Claro que, como acontece em todas as revoluções, muitos paradigmas estão sendo quebrados. Os fotógrafos profissionais estão sendo obrigados a reciclar sua postura profissional, seus métodos de trabalho, suas tabelas de preço e, o mais difícil, aceitar que o universo de “colegas” fotógrafos está crescendo vertiginosamente. Alguns, chocados, estão atirando a toalha e abrindo o seu sonhado bar. Não nos esqueçamos que quando a fotografia passou a ser impressa nos jornais americanos mais de dez mil ilustradores foram contra e, durante dez anos, dificultaram a sua introdução no meio jornalístico dizendo que era uma arte com menos quilates que os seus desenhos. O tempo provou que não era.
 A grande maioria dos fotógrafos já empacotou o laboratório preto e branco e está revelando suas fotos no Adobe Photoshop ou programas similares. Tudo ficou mais fácil, mais acessível. A criatividade ganhou asas e, porque não dizer, turbinas supersônicas. Hoje o fotógrafo, ou qualquer profissional, pode, por exemplo, criar um livro em casa, enviá-lo para uma gráfica expressa e recebê-lo impresso em papel couchê, com capa dura, em três dias. Ou obter uma foto e enviá-la, em tempo real, da China para a Conchinchina.
O momento é de celebração, não de lamentação. Viva a liberdade de expressão fotográfica. O fotógrafo com sensibilidade tem acesso a mais ferramentas para desenvolver seu trabalho. O antigo cliente, depois do primeiro instante de deslumbre, vai descobrir que não basta apenas uma câmera digital para fazer um trabalho profissional. Atrás dela ainda é necessário uma mente criativa e informada e um olhar com abstração e experiência. Aprender a escrever é relativamente fácil, mas nem todos são poetas ou escritores.
Obrigado William Boyle e Jorge Smith pela invenção do sensor digital CCD, o gen da fotografia digital. Obrigado pela popularização da linguagem fotográfica. Merecidamente ganharam o Prêmio Nobel de Física de 2009.
A humanidade agradece.

Eduardo Tavares (um fotógrafo do século passado)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Currículo ou nasci pelado, careca e sem dente...o que veio foi lucro.

 

Currículo Sucinto


Eduardo Tavares, natural de Porto Alegre (RS), é fotógrafo profissional desde 1979. Graduou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1982. Na mesma instituição foi professor do curso de Comunicação Social, de 1992 a 1998. Trabalhou, em Porto Alegre, na COOJORNAL, na sucursal do jornal O Globo, na sucursal da Bloch Editores (revistas Manchete, Fatos e Fotos, Geográfica Universal), no jornal Correio do Povo e no jornal Diário do Sul. Em Brasília, trabalhou na sucursal da Editora Abril, fotografando para as revistas Veja e Exame. Em São Paulo, foi editor de fotografia da revista de bordo da TRANSBRASIL. Em 1992, em Porto Alegre, criou a Lumen Comunicação, uma agência fotográfica e banco de imagens, com cerca de 100.000 fotos do Brasil e exterior, de sua autoria. Foi professor de Fotojornalismo no Curso de Jornalismo da UNISINOS, nos anos de 2003 e 2004.
Dentre as reportagens internacionais, publicou fotos sobre Veneza na revista Geográfica Universal. Para a revista Manchete fez matéria sobre a Festa do Sol, em Cuzco, no Perú. Na mesma revista publicou matéria sobre os ex-combatentes argentinos na Guerra das Malvinas. Para o COOJORNAL fez matéria sobre Cuba. Para o jornal Indicador Rural, fez a cobertura da Feira Agropecuária de Palermo, em Buenos Aires. Para as revistas Transbrasil e Ícaro fez matérias sobre Portugal. Sobre as reduções jesuíticos-guaranis da América do Sul publicou ensaios fotográficos no Jornal do Comércio (Porto Alegre), na revista House (Porto Alegre), na revista Mares do Sul(Florianópolis) e revista Zero Km (Editora Globo, São Paulo). Na revista Galileu (Editora Globo), publicou matéria sobre a Patagônia, na Argentina. Para a Folha de São Paulo e revista Viaje Bem, da VASP, fez matérias sobre a Exposição Mundial de Lisboa (1998) e a região de Kansai, no Japão.
Ganhou vários prêmios nacionais e internacionais de fotografia. Em 1979, foi premiado no concurso El Niño y la Estructura, promovido pela Fundacion Teresa Carreño, da Venezuela. Em 1984, foi selecionado para a exposição La Jeunesse Dans les Années 80, promovido pela UNESCO, na França. Em 1989, foi selecionado para o 49th International  Photographic Salon Exhibition, promovido pelas Associações de Fotografia, no Japão. Em 1990, foi vencedor do Prêmio Fotoforum, promovido pela Féderation Internationale de L’art Photographique, na Checoeslováquia. Em 1993, recebeu menção honrosa no Concurso Mundial UNESCO/ACCU de Fotografia, no Japão. Em 1986 e 1989, recebeu menção honrosa no Nikon Photo Contest International e, em 1992 conquistou o segundo lugar, categoria cor, no mesmo concurso.
Participou de várias exposições coletivas e apresentou outras individuais. A primeira foi Quarup, em 1986, sobre o ritual indígena do Xingu. Em 1989, apresentou O Cometa Halley no Brasil, sobre a frustração sócio-político da Nova República. Viagens Brasileiras, em 1991, mostrou fotografias de matérias publicadas na revista Transbrasil. Em 1993, Faxinante, com retratos de empregadas domésticas. Também em 1993, Paisagens do Brasil, com imagens dos locais mais turísticos do país. Casa de Luz, em 1994, expôs um ensaio fotográfico sobre as nuances da luz, realizado no Farol de Santa Marta (SC). Verde Amarelo, Resgatando a Cidadania, um ensaio sobre a bandeira e a cidadania, foi também em 1994. No ano seguinte realizou duas exposições: Patagônia, Viagem ao Fim do Mundo, sobre a região mais austral do continente, e As Missões Jesuítico-Guaranis da América do Sul, mostrando as ruínas humanas e arquitetônicas desse período histórico, além de Faróis da Pátria, uma coletânea de faróis da costa brasileira.
Na área editorial, produziu as fotografias dos livros A Magia do Papel, A Magia das Árvores e A Magia das Águas para a empresa Riocell. Em 1997, lançou o livro Rio Grande do Sul - Cenas e Paisagens, através da Editora Sulina e ilustrou o livro Terra da Gente, do Ceape/Sebrae-RS Neste mesmo ano, o ensaio fotográfico Verde Amarelo, Resgatando a Cidadania foi escolhido pelo Banco do Brasil para ilustrar o Relatório Anual e o Balanço Social da instituição, premiado pela ABERJE como o melhor relatório administrativo do Brasil de 1997.Em 1998 lançou o cd rom Portfolio Brasil, com 800 fotografias de todo o país e fez as fotografias do projeto Paraísos, dez fascículos encartados na Gazeta Mercantil. Em 1999, junto com a Unisinos, publicou o livro Missões Jesuítico-Guaranis, vencedor do Prêmio ABERJE, região Sul, Gran Prix do Salão de Comunicação Gráfica Promocional – RS e Prêmio Açorianos de Literatura. Em 2002 lançou o livro Assim é Porto Alegre com a Editora Artes e Ofícios. Em 2008 editou e ilustrou o livro Aparados da Serra, na trilha do Padre Rambo e fez as fotografias para o livro Caminhos do Brasil Rural, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em co-autoria ilustrou os livros A História Econômica do Rio Grande do Sul, Minha Porto Alegre, Banhado do Taim, Brazil, Heritage Sites, Brasil- 22 de Abril de 1999, Patrimônio Mundial no Brasil (UNESCO) e Palácio Pamphili (Roma).

Contato:
Rua Jorge Porto, 295 – CEP 91760-100
Fones: 51- 32485578 e 99661596
site: www.e-tavares.com.br

  
BRIEF CURRICULUM

         Eduardo Tavares was born in Porto Alegre, RS. He is a photographer and professor of the disciplines of photography of the School of Communication of the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). Professional photographer since 1979, he graduated in Journalism by UFRGS in 1982. He worked in Porto Alegre for COOJORNAL (newspaper of the Cooperative of Journalists), for the branch offices of the newspaper O GLOBO, and BLOCH publishing company (MANCHETE, FATOS E FOTOS, GEOGRÁFICA UNIVERSAL magazines), for CORREIO DO POVO and DIARIO DO SUL newspapers. In Brasília, he worked for the branch office of ABRIL publishing company, in the magazines VEJA and EXAME. In São Paulo, he worked as photography editor of the magazine of TRANSBRASIL air company. In 1992, he created, in Porto Alegre, a photographic agency and image bank, with about 60,000 slides taken by him about Brazil.
         Among international articles, he published photos on Venice in the magazine GEOGRÁFICA UNIVERSAL. For the magazine MANCHETE, he made photos about the Sun Festival, in Cuzco, Peru. In the same magazine, he published an article about Argentinean soldiers who fought in the Malvinas War. For COOJORNAL, he published an article about Cuba. For the magazine INDICADOR RURAL, he covered the Agricultural Fair of Palermo, in Buenos Aires. For the magazines TRANSBRASIL and ÍCARO, he published articles about Portugal. He published photographic essays on the Guarani-Jesuit missions of South America in JORNAL DO COMÉRCIO, newspaper from Porto Alegre, in the magazine HOUSE, from Porto Alegre, in the magazine MARES DO SUL, from Florianópolis, and in the magazine ZERO KM (Globo publishing company, from São Paulo).
         He was awarded several national and international prizes of photography. In 1979, he was awarded in the competition “EL NIÑO Y LA ESTRUCTURA”, promoted by FUNDACIÓN TERESA CARREÑO fro Venezuela. In 1984, he was selected for the exhibition “LA JEUNESSE DANS LES ANNEÉS 80”, promoted by UNESCO, in France. In 1989, he was selected for the “49th INTERNATIONAL PHOTOGRAPHIC SALON EXHIBITION” promoted by PHOTOGRAPHIC ASSOCIATIONS, in Japan. In 1990, he won FOTOFORUM prize, promoted by FÉDERATION INTERNATIONALE DE L’ART PHOTOGRAPHIQUE, in Czechoslovakia. In 1993, he was awarded an honorable mention in the WORLD PHOTGRAPHIC CONTEST OF UNESCO/ACCU, in Japan. In 1986 and 1989, he was also awarded with honorable mentions in NIKON PHOTO CONTEST INTERNATIONAL, and in 1992, he was awarded the second place in color category in the same contest.
         He participated in several collective exhibitions, and presented some individually. The first was QUARUP, in 1986, about Indian rituals of the Xingu region. In 1989, he presented COMET HALLEY IN BRAZIL, about social and political frustration of the “New Republic” period in Brazil. In 1991, BRAZILIAN VOYAGES showed photos of articles published in TRANSBRASIL magazine. In 1993, FAXINANTE, with portraits of domestic labor. Also in 1993, BRAZILIAN LANDSCAPES, with photos of Brazilian tourist sites. HOUSE OF LIGHT, in 1994, showed a photographic assay on light shades of Santa Marta lighthouse, in the state of Santa Catarina. YELLOW AND GREEN, REGAINING CITIZENSHIP, an assay on the flag and citizenship, also in 1994. In 1995, he made two exhibitions: PATAGON, VOYAGE TO THE END OF THE WORLD, about the southern
region of South America, and THE JESUITIC-GUARANI MISSIONS OF SOUTH AMERICA, showing human and architectural ruins of this historical period.
         In publishing, he produced the photographs of the books THE MAGIC OF PAPER, THE MAGIC OF THE TREES, and THE MAGIC OF THE WATERS.